quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Primeira carta aberta ao Governo de Portugal

Exmos. Srs. (todos os membros do actual governo)


Nós somos um grupo de extra terrestres cuja missão é viajar constantemente pelo espaço, com o intuito de ajudar os governos dos diferentes planetas, -aqueles que disso necessitarem como é óbvio - o que no vosso caso, na Terra, é gritante, a governarem humanamente. Para mais aqui no vosso planeta, vamos ter imenso trabalho para conseguir os nossos intentos, uma vez, que se a grande maioria dos planetas que visitamos, o próprio planeta é um só país, como é o caso do nosso, o vosso, tende-lo dividido em muitas dezenas de países, ora como está bom de entender, uma coisa é convencer um governo a agir humanamente, outra é convencer dezenas deles.No entanto, estarmos convencidos que o procedimento de uns, depois de devidamente humanizados, vai servir de exemplo aos outros e com isso pouparemos imenso trabalho. E agora, perguntará um dos senhores ministros visados - E porquê começar por Portugal, será que nós somos o país mais atrasado do mundo – A que nós responderemos, não, claro que não, mas perguntamos por nossa vez e porque não, porque não começar por Portugal, acaso não são vocês também um pais da Terra, com necessidades urgentes de auxilio no que diz respeito a governação ? São claro que são, tanto, ou mais como outro qualquer aliás deixem que lhes diga, que dos vossos duzentos e quarenta e cinco países, poucos são aqueles que se aproximam da verdadeira governação humana, por isso começamos as nossas dicas por um, que por acaso se chama Portugal, mas podia-se chamar muito bem Itália, Grécia, Alemanha ou outro nome qualquer, que isso pouca importância tinha. Ora bem, feita a nossa apresentação e os motivos da nossa vinda, vamos ao assunto que verdadeiramente interessa. Senhores membros do actual governo de Portugal – Que fique claro que nós, ao dirigir-mo-nos a vós, não estamos de modo algum, a querer imputar-vos culpas do que quer que seja, porque os vossos problemas, infelismente para a maioria dos portugueses, já se arrastam há muito, apenas o fazemos, porque são os senhores que ocupam actualmente essa posição. Continuando pois a exposição das nossas dicas, constatámos, que um dos mais graves problemas que vos afectam, tem a ver com a vossa economia, ora olhando um dos vossos dicionários, verificamos que ele diz, entre outra coisas, o seguinte a propósito do tema: Economia, é a ciência que tem por objecto o conhecimento dos fenómenos respeitantes á produção, distribuição e consumo de bens e serviços de uma sociedade. Ora aqui está o vosso primeiro grande erro,” na distribuição e consumo de bens”porque sois um país capitalista, ou seja o facto de a vossa economia, estar baseada no dinheiro, no capital, a quantidade de bens que atribuis a cada um dos portugueses, é directamente proporcional á quantidade de dinheiro que cada um recebe e é aqui que vós, os actuais elementos do governo de Portugal tem de actuar, pois como é sabido, alguns milhares de portugueses recebem dinheiro, que o mesmo é dizer bens, seis, sete e mesmo até mais vezes do que necessitam, enquanto que a grande maioria se vê em grandes necessidades, para conseguir pouco mais que o pão nosso de cada dia. Ouvi ainda hoje num dos vossos canais de televisão dizer, que um em cada quatro portugueses, fica com a bolsa vazia, depois da compra dos bens essenciais, ora um em cada quatro e como vós sois mais coisa menos coisa dez milhões, dá nada mais nada menos que dois milhões e quinhentos mil portugueses, com a corda constantemente na garganta isto, sem falar dos outros muitos milhões, que se a não tem na garganta, tem-na muito perto. Ora senhores membros do governo isto tem de mudar urgentemente – pois sim - dirá talvez entre dentes um dos senhores ministros - mas como ? Senhores ministros, é precisamente para isso que nós aqui estamos, para vos ajudar, ou melhor, para vos indicar exactamente os passos que tem que dar, para resolver definitivamente esse grave problema e o primeiro deles, é parar imediatamente de gastar mais do que aquilo que é estritamente necessário. Dos vossos muitos livros sagrados, raro será aquele que não se refira a este tema quando diz, todo o trabalhador, tem direito ao seu justo salário, o que nós concordamos plenamente, porém, não é assim que vocês agem, pois que uma grande maioria de vocês, apesar de trabalharem apenas onze meses por ano, recebem catorze, ora isso, ou seja estes três meses pagos a mais, constituem, um desperdício enorme de bens, com o qual, é preciso acabar imediatamente, pois isso é um luxo, a que o vosso país não se pode dar, sabeis muito bem que sois considerados um país pobre, reparem meus senhores, que eu disse sois considerados, porque na realidade não sois, bastaria haver apenas um pouquinho mais de humanidade, na distribuição da vossa riqueza e vocês veriam como tudo seria diferente, os vosso vizinhos classificam-vos como um país pobre, colocam-vos mesmo numa escala descendente da riqueza para a pobreza, em decimo-oitavo lugar isto só entre os países que constituem actualmente a União Europeia, pois se essa classificação fosse a nível mundial, sabe-se lá a que lugar da escala vocês iriam parar, porque não sabem que há entre vós uma pequena parte a ganhar milhões e uma grande maioria a ganhar tostões. Vamos parar por aqui, claro que muitos mais conselhos há ainda para dar, o que faremos aliás numa próxima carta, mas por agora meditemos no que foi dito.

Com votos de um óptimo ano e que a vossa governação seja cada vez mais a pensar em todos os portugueses, subscrevemo-nos com muito respeito.
“Os tupamiranos”

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