domingo, 24 de fevereiro de 2008

Quarta carta aberta ao governo de Portugal

Exmos. Srs. (todos os membros do actual governo)

Na carta precedente nós terminamo-la escandalizados, com a vossa disparidade salarial, porém, como chegamos há pouco tempo ao vosso planeta e há menos ainda ao vosso país, não estamos totalmente inteirados dos graves problemas financeiros que ocorrem no vosso país. Fazemos no entanto todo o esforço possível no sentido de obtermos essa informação, para que assim possamos indicar-vos o caminho mais curto e rápido para a resolução do problema, pois como sabem foi exactamente para isso que nós nos deslocamos ao vosso planeta. Ora muita dessa informação de que temos necessidade, chega-nos através dos vossos meios de comunicação sejam eles áudio, audiovisuais, ou escritos. Um desses meios de comunicação informava todos os portugueses – que sabem ler claro está porque infelizmente ainda é grande o numero dos vossos patrícios que o não sabem fazer – que cada um dos vossos deputados, aufere a linda soma de três mil e setecentos euros de ordenado base, mas que com as ajudas disto e daquilo – sim porque vocês políticos a inventar ajudas principalmente quando elas vos são dirigidas, são pródigos a inventar – esse ordenado pode duplicar, o que perfaz mais de sete mil euros por mês, quase dezassetes salários mínimos, que multiplicar pelos duzentos e trinta deputados da vossa assembleia dá um numero muito próximo dos quatro mil salários mínimos, só para os Senhores deputados. Somem-se agora as dezenas de salários do Snr.presidente da assembleia e seus adjuntos de todos os Senhores ministros, primeiro incluído e do demais pessoal necessário ao funcionamento da assembleia e vejam a quantidade de milhares de euros desperdiçados… desperdiçados, não será provadamente o termo certo, mas gastos a mais desnecessariamente, não deixará de ser verdade. Meus senhores, vocês até podiam ganhar isso ou mais, desde que o português que ganhasse o salário mínimo, já para não falar nos que ganham menos ainda, teria de ganhar mais de dois mil e quinhentos euros por mês, seis salários dos que actualmente estão em vigor no vosso país, sim porque se um cidadão português, que por acaso é deputado, ganha dezassete salários, porque, razão um outro igualmente cidadão português, só por não ser deputado, não pode ganhar pelo menos seis? Não se esqueçam que são um país pobre e é por isso mesmo que o vosso salário mínimo, é a miséria que todos nós sabemos. Ora num país como o vosso, em que uma grande maioria, de portugueses, ganha um salário mínimo ou menos, se um senhor deputado, ganhasse dois ou três salários no máximo, já seria muito bom e assim em vez dos mais de 3.900 salários que os portugueses tem de pagar mensalmente aos seus 230 deputados, passariam a pagar somente 690, Sim. Porque o quilo de batatas daquele que ganha um salário custa tanto como o daquele que ganhasse três, o quilo de arroz do que ganha um salário, custa tanto como o daquele que ganha dezasseis e tal, o litro de gasolina daquele que ganha um salário, custa tanto como o daquele que ganha mais de trinta ou quarenta, ora se o que ganha um salário se governa (ou se vê forçado a governar-se) porque motivo o que ganha-se três não se havia de governar. Seria numa proporção destas de um para três ou quatro no máximo, a diferença ideal do salário mínimo para o máximo, e todos os salários dos trabalhadores do estado, deveriam estar contidos dentro deste intervalo. Numa situação destas, imaginem os senhores os milhares de milhões de euros, que seriam desnecessários cobrarem em impostos, é o que se chama matar dois coelhos com uma cajadada só, ou seja acabava-se com a mina de alguns e ao mesmo tempo todos os dez milhões de portugueses ganhavam com isso. Nós estamos cada vez mais convencidos, que a palavra democracia no vosso país, não passa disso mesmo, apenas uma palavra, porém essa palavra tem um significado, que é sempre bom lembrar “ Democracia: sociedade que garante a liberdade de associação e de expressão e na qual não existem distinções ou privilégios de classe hereditários ou arbitrários.”. Será que o simples facto de se ser político em Portugal, (entre muitas outras profissões todas pertencentes ao estado) não se é já um privilegiado, não só pela tão grande quantidade de milhares de euros que ganha mensalmente, como também pelas mordomias, que são já como que um direito adquirido de alguns desses cargos políticos ou não. Já pensaram os senhores, dos sucessivos governos, deste pequeno e pobre país, se com os seus actos egoístas, não estão a por a democracia em causa, democracia essa, que como podemos constatar, se encontra já moribunda no vosso país, com sinais tão evidentes, que só quem for cego, ou então quem não se importar minimamente com o assunto, embora tenham, obrigação de o fazer (como é o caso do governo) é que não os vê. Já são poucos os portugueses, que acreditam nos órgãos de soberania, principalmente naqueles que estão mais directamente relacionados com a generalidade do povo, como sejam o governo e os tribunais. A participação nos actos eleitorais, diminui a olhos vistos de acto para acto e claro está, que muito mais havia a dizer sobre o assunto, porém citamos apenas estes dois exemplos, da morte lenta da democracia no vosso país, o descrédito dos portugueses, naqueles que tinham obrigação de os proteger, porque foi para isso que os elegeram, pois de outra foram teríamos que escrever um livro para enumerarmos todos os actos antidemocráticos praticados neste país. Meus senhores (do governo actual) actuem, mas actuem já, pois a cada dia que passa, a onda de insatisfação e de descrédito na filosofia democrática aumenta e podem começar a vossa actuação pôr vocês, os políticos, é preciso acabar com a actual situação, todos aqueles que ocupam presentemente cargos políticos, devem receber apenas o ordenado compatível (depois de devidamente ajustado , á realidade portuguesa e não os actuais que para um país pobre e pequeno, são escandalosos) e nada mais, essa história de ganhar o salário do presente emprego e mais uma percentagem dos anteriores tem de acabar imediatamente isso é anti democrático e em democracia, não existem distinções ou privilégios de classes, meus senhores, então que ficamos vocês vivem em democracia ou não? Qualquer cidadão português que tenha exercido determinado cargo público, depois de atingir a reforma, a única obrigação que estado deverá ter para com ele, é pagar-lhe atempadamente o respectivo salário e mais nada, essa coisa de transformar antigos funcionários públicos, sejam eles presidentes ministros deputados ou outros semelhantes, em deuses tem de acabar meus senhores, pois como sabem em democracia, dizemo-lo já pela terceira vez, não existem privilégios ou distinções de classes. Depois de vocês, podem continuar a vossa actuação nas muitas classes profissionais que tal como vocês estão fora da democracia, devido as muitas distinções e privilégios que possuem. Dêem, motivos a todos os portugueses, para sorrirem e não permitam que sejam só alguns deles a continuar a dar gargalhadas

Com votos de que a vossa governação seja sempre a pensar em todos os portugueses, subscrevemo-nos com muito respeito.

“Os tupamiranos”. 24 de Fevereiro de 2008

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Terceira carta aberta ao governo de Portugal

Exmos. Srs. (todos os membros do actual governo)


Nas nossas deambulações, pelos planetas mais próximas do nosso sistema estelar, entre os quais o vosso, a Terra se encontra, nós fazemo-nos sempre acompanhar, por um pequeno manuscrito, que descreve o modo simples, cómodo e completamente em paz, de viver nos planetas, habitados por seres realmente humanos e que publicamos nos planetas que dele necessitam, como é o caso do vosso. No acto da sua publicação, nó teremos todo o prazer em informa-los do acontecimento, bem como a todos os portugueses em geral, para que vejam como é fácil a todos os habitantes do vosso planeta e não só aos portugueses, viver sem nenhuma necessidade material e em paz, Posto isto, continuemos a análise do desperdício de dinheiro que praticais actualmente, com as ofertas que fazeis aos vossos colaboradores e a vós também, porque também vocês são funcionários públicos. Na altura, falávamos então da questão dos impostos, ora toso nós sabemos que os impostos, são importantes e necessários, ao vosso tipo de organização social, que se paguem impostos sim, mas apenas os unicamente necessários ás necessidades financeiras do estado, como diz a vossa constituição, agora andar todo o povo a pagar impostos para os senhores do governo, ´(não só o actual, mas também todos os que o precederam desde a revolução dos cravos) oferecer a alguns, é que não, isso é desumano meus senhores. Outra coisa que é também de lamentar e vergonhosa (e que neste caso se fosse devidamente corrigida, inverteríeis rapidamente o sentido que seguis na tabela da riqueza para a pobreza, ocupais como sabeis actualmente o décimo oitavo lugar em sentido descendente, que rapidamente se inverteria, caso fossem tomadas estas e outras medidas semelhantes) é a vossa disparidade salarial. Vós sois um país pequeno e ainda por cima pobre, ora sendo assim, porque é que os senhores do governo, e a maioria dos vossos colaboradores, ganham ordenados como se de um país milionário se tratasse. Então a pobreza é só para alguns? Então não sois todos portugueses? Então vós os milionários e os outros, os miseráveis, não vos regeis todos pela mesma constituição? Então um país, em que o ordenado mínimo, não chega sequer aos quinhentos euros, “426 euros” tem um, presidente a ganhar oito mil e tal euros e um primeiro-ministro a ganhar mais de sete mil, porque é que alguns portugueses hão-de continuar a enriquecer cada vês mais outros a empobrecer cada vez mais também. Não seria tão bom e mesmo até um acto de humanidade, que quem nem quinhentos euros ganhos, passasse a ganhar setecentos ou oitocentos por exemplo e quem ganha sete ou oito mil, passasse a ganhar mil e quinhentos ou dois mil no máximo. Mas isto já estava assim quando nós para cá viemos, dirá um dos senhores, pois estava, diremos nós por nossa vez, mas estava mal e sãos os senhores e mais ninguém que podem corrigir isso presentemente, porque são os actuais representantes dos portugueses, e foi precisamente para isso que eles vos elegeram, para governar, ora a palavra governar, entre outras coisas significa “cuidar dos seus interesses” é só isto e nada mais que os portugueses, mas todos e não só alguns, vos pede, que “cuidem dos seus interesses “ e não é difícil saber quais são os seus interesses de tantos milhões de pessoas com salários miseráveis. E reparem meus senhores que para isso, nem sequer é preciso recorrer ao já citado sistema fiscal, basta tão-somente cortar onde ele está a mais e muito a mais e adicionar onde está a menos e infelizmente muito a menos também. Em abono da verdade, devemos dizer que de facto os senhores, (governo actual) já fizeram grandes coisas no sentido de corrigir alguns desses erros grosseiros, que nenhum governo antes de vocês, havia tido coragem de iniciar e há, como devem calcular, milhões de portugueses que sabem disso e sentem que de facto os senhores estão a governar, ou a tentar governar, a tentar (cuidar dos seus interesses) mas a vossa organização social, está de tal foram encrencada, que se torna um verdadeiro quebra cabeças, governar esse vosso país, mas que não seja isso, o facto da complicada situação governativa em que vos encontrais, motivo de desistência, mas antes que esse facto constitua um incentivo para continuardes. E, meus senhores, permitam-nos este pequeno aparte, vocês podem, porque são o governo em exercício e devem, porque foi para isso mesmo que os portugueses, vos elegeram, continuar a fazer tudo e mais alguma coisa, para que a riqueza no vosso país seja cada vez mais distribuída equitativamente. Porem meus senhores, se alguma coisa já fizeram, muitas mais há para fazer como todos nós sabemos e uma dessas coisa urgentes, é a já citada questão salarial, ora a diferença entre o vosso salário máximo, oficialmente falando claro está, que é o auferido pelo vosso presidente da república e o mínimo que é provavelmente o auferido pela maior parte dos portugueses, é abismal, nada mais nada menos que “18,7” vezes, ou seja o vosso salário mínimo, é quase dezanove vezes inferior ao vosso salário máximo. Ora isto num país pobres meus senhores, é perfeitamente lamentável e diremos mesmo injusto e das duas uma ou vocês são um país pobre mas governado por um governo rico, ou então são um governo rico a governar um país pobre, pois só assim é que se entende esta disparidade salarial, mas dirá talvez um dos senhores, “nós apenas cumprimos a lei” pois sim meus senhores mas essa lei é injusta e errada e consequentemente, urge corrigi-la torna-la mais justa e humana, num país como o vosso a diferença salarial jamais poderia andar longe da proporção um para três, ou quando muito quatro ora num caso destes se o Sr. presidente continuasse a ganhar o máximo ou seja os oito mil e tal euros mensais, todos os outros os que ganhassem o mínimo, ganhariam pelo menos dois mil e poucos e então sim já seria bem mais justa a distribuição salarial, porem, isto só é possível em países ricos e com sabemos vocês são pobres há portanto que fazer os respectivos ajustes.

Com votos de que a vossa governação, seja cada vês mais a pensar em todos os portugueses, subscrevemo-nos com muito respeito

“ Os tupamiranos” 31 de Janeiro de 2008