segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Terceira carta aberta ao governo de Portugal

Exmos. Srs. (todos os membros do actual governo)


Nas nossas deambulações, pelos planetas mais próximas do nosso sistema estelar, entre os quais o vosso, a Terra se encontra, nós fazemo-nos sempre acompanhar, por um pequeno manuscrito, que descreve o modo simples, cómodo e completamente em paz, de viver nos planetas, habitados por seres realmente humanos e que publicamos nos planetas que dele necessitam, como é o caso do vosso. No acto da sua publicação, nó teremos todo o prazer em informa-los do acontecimento, bem como a todos os portugueses em geral, para que vejam como é fácil a todos os habitantes do vosso planeta e não só aos portugueses, viver sem nenhuma necessidade material e em paz, Posto isto, continuemos a análise do desperdício de dinheiro que praticais actualmente, com as ofertas que fazeis aos vossos colaboradores e a vós também, porque também vocês são funcionários públicos. Na altura, falávamos então da questão dos impostos, ora toso nós sabemos que os impostos, são importantes e necessários, ao vosso tipo de organização social, que se paguem impostos sim, mas apenas os unicamente necessários ás necessidades financeiras do estado, como diz a vossa constituição, agora andar todo o povo a pagar impostos para os senhores do governo, ´(não só o actual, mas também todos os que o precederam desde a revolução dos cravos) oferecer a alguns, é que não, isso é desumano meus senhores. Outra coisa que é também de lamentar e vergonhosa (e que neste caso se fosse devidamente corrigida, inverteríeis rapidamente o sentido que seguis na tabela da riqueza para a pobreza, ocupais como sabeis actualmente o décimo oitavo lugar em sentido descendente, que rapidamente se inverteria, caso fossem tomadas estas e outras medidas semelhantes) é a vossa disparidade salarial. Vós sois um país pequeno e ainda por cima pobre, ora sendo assim, porque é que os senhores do governo, e a maioria dos vossos colaboradores, ganham ordenados como se de um país milionário se tratasse. Então a pobreza é só para alguns? Então não sois todos portugueses? Então vós os milionários e os outros, os miseráveis, não vos regeis todos pela mesma constituição? Então um país, em que o ordenado mínimo, não chega sequer aos quinhentos euros, “426 euros” tem um, presidente a ganhar oito mil e tal euros e um primeiro-ministro a ganhar mais de sete mil, porque é que alguns portugueses hão-de continuar a enriquecer cada vês mais outros a empobrecer cada vez mais também. Não seria tão bom e mesmo até um acto de humanidade, que quem nem quinhentos euros ganhos, passasse a ganhar setecentos ou oitocentos por exemplo e quem ganha sete ou oito mil, passasse a ganhar mil e quinhentos ou dois mil no máximo. Mas isto já estava assim quando nós para cá viemos, dirá um dos senhores, pois estava, diremos nós por nossa vez, mas estava mal e sãos os senhores e mais ninguém que podem corrigir isso presentemente, porque são os actuais representantes dos portugueses, e foi precisamente para isso que eles vos elegeram, para governar, ora a palavra governar, entre outras coisas significa “cuidar dos seus interesses” é só isto e nada mais que os portugueses, mas todos e não só alguns, vos pede, que “cuidem dos seus interesses “ e não é difícil saber quais são os seus interesses de tantos milhões de pessoas com salários miseráveis. E reparem meus senhores que para isso, nem sequer é preciso recorrer ao já citado sistema fiscal, basta tão-somente cortar onde ele está a mais e muito a mais e adicionar onde está a menos e infelizmente muito a menos também. Em abono da verdade, devemos dizer que de facto os senhores, (governo actual) já fizeram grandes coisas no sentido de corrigir alguns desses erros grosseiros, que nenhum governo antes de vocês, havia tido coragem de iniciar e há, como devem calcular, milhões de portugueses que sabem disso e sentem que de facto os senhores estão a governar, ou a tentar governar, a tentar (cuidar dos seus interesses) mas a vossa organização social, está de tal foram encrencada, que se torna um verdadeiro quebra cabeças, governar esse vosso país, mas que não seja isso, o facto da complicada situação governativa em que vos encontrais, motivo de desistência, mas antes que esse facto constitua um incentivo para continuardes. E, meus senhores, permitam-nos este pequeno aparte, vocês podem, porque são o governo em exercício e devem, porque foi para isso mesmo que os portugueses, vos elegeram, continuar a fazer tudo e mais alguma coisa, para que a riqueza no vosso país seja cada vez mais distribuída equitativamente. Porem meus senhores, se alguma coisa já fizeram, muitas mais há para fazer como todos nós sabemos e uma dessas coisa urgentes, é a já citada questão salarial, ora a diferença entre o vosso salário máximo, oficialmente falando claro está, que é o auferido pelo vosso presidente da república e o mínimo que é provavelmente o auferido pela maior parte dos portugueses, é abismal, nada mais nada menos que “18,7” vezes, ou seja o vosso salário mínimo, é quase dezanove vezes inferior ao vosso salário máximo. Ora isto num país pobres meus senhores, é perfeitamente lamentável e diremos mesmo injusto e das duas uma ou vocês são um país pobre mas governado por um governo rico, ou então são um governo rico a governar um país pobre, pois só assim é que se entende esta disparidade salarial, mas dirá talvez um dos senhores, “nós apenas cumprimos a lei” pois sim meus senhores mas essa lei é injusta e errada e consequentemente, urge corrigi-la torna-la mais justa e humana, num país como o vosso a diferença salarial jamais poderia andar longe da proporção um para três, ou quando muito quatro ora num caso destes se o Sr. presidente continuasse a ganhar o máximo ou seja os oito mil e tal euros mensais, todos os outros os que ganhassem o mínimo, ganhariam pelo menos dois mil e poucos e então sim já seria bem mais justa a distribuição salarial, porem, isto só é possível em países ricos e com sabemos vocês são pobres há portanto que fazer os respectivos ajustes.

Com votos de que a vossa governação, seja cada vês mais a pensar em todos os portugueses, subscrevemo-nos com muito respeito

“ Os tupamiranos” 31 de Janeiro de 2008

Sem comentários: